O auxílio-maternidade é mais que um direito, uma questão de empatia das empresas com colaboradores. Sabemos que a maternidade é transformadora. Porém, junto da emoção e das expectativas, muitas mulheres vivenciam esse momento com incertezas — principalmente quando o assunto é o ambiente corporativo. Por isso, o papel das empresas vai muito além de cumprir a lei: oferecer apoio real à mulher gestante é também garantir um ambiente mais justo e produtivo.
Assim, o auxílio-maternidade — um dos direitos mais importantes garantidos à trabalhadora — surge como ponto de partida, não de chegada. Por isso, neste artigo, você vai entender:
✔ Como funciona a licença maternidade na prática
✔ Quais são os principais direitos da gestante antes e depois do parto
✔ Quem tem acesso ao benefício e como ele é pago
✔ Que ações internas fortalecem esse cuidado nas empresas
✔ E como tornar o retorno ao trabalho mais acolhedor
Então, se você é uma profissional que deseja se informar sobre seus direitos ou um gestor que busca um RH mais humano, esse conteúdo foi feito para você.
O que é o auxílio-maternidade e por que ele é essencial
Instituído pela Constituição Federal e regulamentado pela CLT e INSS, o auxílio-maternidade — ou salário-maternidade — garante segurança financeira à mulher no período mais delicado da gestação e do pós-parto. Ou seja, é um instrumento de proteção à saúde da mãe, do bebê e da carreira da profissional.
Quem pode receber o benefício?
O auxílio é garantido a:
- Trabalhadoras com registro CLT
- Empregadas domésticas formalizadas
- Trabalhadoras avulsas
- Contribuintes individuais, MEIs e facultativas
- Desempregadas dentro do período de graça do INSS
Além disso, vale lembrar: a licença maternidade não se restringe à maternidade biológica. Mulheres em processo de adoção também têm seus direitos resguardados.

Como funciona a licença maternidade e suas variações
1. Licença padrão: 120 dias
Nessa modalidade, a regra geral oferece, 4 meses de afastamento remunerado, que pode ser iniciado, então, a partir do 8º mês de gravidez ou antecipado por recomendação médica.
2. Licença estendida: 180 dias
Por meio do programa Empresa Cidadã, empresas podem oferecer 6 meses de licença, com incentivos fiscais. Dessa forma, essa é uma das práticas mais valorizadas por profissionais e fortalece a imagem da organização como promotora de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
3. Situações específicas
- Adoção: direito a 120 dias de licença
- Aborto espontâneo: 14 dias, mediante atestado
- Prematuridade: extensão possível conforme quadro clínico
Direitos das gestantes no ambiente de trabalho
Contudo, o suporte à mulher grávida vai muito além da licença. Ou seja, a legislação assegura outros direitos fundamentais que visam proteger a profissional nesse período de mudanças.
1. Estabilidade no emprego
Desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, a mulher não pode ser demitida sem justa causa. Portanto, essa é uma proteção essencial que garante tranquilidade durante a gestação e o retorno ao trabalho.
2. Mudança de função em caso de risco
Caso o cargo represente ameaça à saúde da gestante ou do bebê, a empresa deve, então, realocá-la para outra função, sem prejuízo salarial.
3. Dispensa para exames e consultas
Durante o pré-natal, a colaboradora pode se ausentar do trabalho para consultas médicas, mas, sempre com justificativa adequada.
4. Intervalos para amamentação
Na volta ao trabalho, a mãe tem direito a dois períodos diários de 30 minutos para amamentar, até que o bebê complete 6 meses.
Esses pontos são apenas o começo. Assim, empresas que se preocupam verdadeiramente com ações internas para colaboradores entendem que o bem-estar no trabalho impulsiona, então, o desempenho e fortalece vínculos com a marca empregadora.
Como o pagamento do auxílio-maternidade é feito?
O modelo de pagamento varia conforme o vínculo da profissional com o mercado:
Trabalhadoras CLT
- A empresa mantém o pagamento integral durante a licença
- Posteriormente, solicita o reembolso ao INSS
MEIs e autônomas
- Recebem diretamente do INSS
- O cálculo do valor considera a média das contribuições dos últimos 12 meses
- É necessário ter pelo menos 10 contribuições mensais
Desempregadas
- Se estiverem dentro do período de cobertura do INSS
- O valor é baseado na última remuneração registrada
Retorno ao trabalho: como acolher as mães nesse momento?
Embora o fim da licença maternidade represente uma volta à rotina, o período é repleto de desafios emocionais e físicos. Dessa forma, segundo dados do IBGE, uma em cada três mulheres pensa em abandonar o emprego após esse retorno.
Por isso, o apoio da empresa precisa ir além do discurso.
Boas práticas que transformam o ambiente corporativo:
- Programa de Reintegração
Mentorias, escuta ativa e horários mais flexíveis nos primeiros meses de retorno. - Infraestrutura adequada
Salas de amamentação e parceria com creches próximas demonstram, então, preocupação real com a vida da colaboradora. - Apoio emocional e psicológico
Incluir a saúde mental nas políticas internas é, portanto, fundamental para uma transição mais tranquila. - Horários híbridos ou home office parcial
A pandemia provou que é possível equilibrar entrega e flexibilidade. Segundo especialistas, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é um dos principais motivadores de permanência em uma empresa.
Aliás, ações internas para colaboradores que promovem esse tipo de acolhimento se tornam diferenciais competitivos no mercado. Programas que incentivam uma cultura de apoio à maternidade, longe de serem apenas um “extra”, são estratégias consistentes de valorização do capital humano. Ou seja, uma forma de retenção de talentos.

Conclusão: proteger o auxílio-maternidade é uma escolha inteligente
Promover o auxílio-maternidade e respeitar os direitos da gestante são obrigações legais. Porém, empresas que enxergam a maternidade como uma extensão da trajetória profissional — e não como uma interrupção — colhem benefícios a longo prazo.
Além disso, organizações que fortalecem a cultura de acolhimento e investem em políticas voltadas para o bem-estar da colaboradora têm equipes mais engajadas, motivadas e fiéis à marca. Ações como essas contribuem para reduzir a rotatividade e aumentar a produtividade, criando um ciclo positivo entre cuidado e performance.
Como destaca o portal Solides, equilibrar vida pessoal e profissional é hoje um dos grandes pilares da nova gestão de pessoas. E, nesse contexto, a maternidade deve ser vista como uma aliada estratégica, não como um problema a ser administrado.
Por fim, se sua empresa já adota boas práticas para apoiar mães no trabalho, inspire outras lideranças compartilhando suas experiências. E se você é uma futura mãe, conheça seus direitos — eles são parte do seu caminho para uma carreira e uma maternidade mais leves?
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