fbpx

Pejotização do trabalho nas empresas

A pejotização do trabalho nas empresas tem ganhado espaço no cenário corporativo do Brasil. Essa prática consiste em contratar profissionais…

A pejotização do trabalho nas empresas tem ganhado espaço no cenário corporativo do Brasil. Essa prática consiste em contratar profissionais como Pessoas Jurídicas (PJ), ao invés de empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Embora essa modalidade ofereça certa flexibilidade, também levanta preocupações sobre possíveis fraudes e a precarização dos direitos trabalhistas.

Por isso, neste artigo, vamos falar o que é a pejotização do trabalho, como ela funciona, as suas implicações para os trabalhadores e as empresas, e os riscos envolvidos.

O que é a pejotização do trabalho?

A pejotização do trabalho ocorre quando empresas optam por contratar profissionais por meio de contratos PJ de trabalho, ao invés de vínculos formais com carteira assinada. Ou seja, neste modelo o trabalhador é obrigado a abrir uma empresa e emitir notas fiscais pelos serviços prestados, assumindo o papel de prestador de serviço autônomo.

Embora contratos PJ nas empresas sejam legítimos e previstos por lei, problemas surgem quando essa prática é utilizada de forma irregular, com características que configuram vínculo empregatício. Por exemplo, casos em que o profissional é obrigado a cumprir horários fixos, executar tarefas sob subordinação direta ou frequentar a empresa diariamente. Ou seja, como se fosse um empregado contratado com carteira assinada, conforme o CLT.

Por que as empresas optam pelos contratos PJ?

Os contratos de trabalho PJ têm ganhado popularidade por diversos motivos, sobretudo pela diminuição de despesas para as empresas. Ao contratar um trabalhador como Pessoa Jurídica, a organização não tem que suportar encargos trabalhistas, tais como férias, décimo terceiro salário e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Além disso, encargos como INSS e contribuições sindicais também são liberados do encargo do empregador.

Já para os empregados, o contrato como Pessoa Jurídica nas organizações pode proporcionar benefícios, como maior flexibilidade para negociar salários e condições laborais. No entanto, na realidade, muitos profissionais se deparam com deveres que se parecem com os de um contrato CLT, sem as vantagens correspondentes. Ou seja, são exigidos a cumprir suas funções profissionais de forma presencial e uma carga horária comum a quem é contratado em carteira de trabalho.

Profissional em casa pejotização do trabalho

Quando a pejotização do trabalho se torna fraude?

Conforme a lei do trabalho, um contrato de Pessoa Jurídica nas empresas não pode ser usado para ocultar uma relação de emprego. Dessa forma, a pejotização é uma fraude quando:

  • O profissional deve cumprir uma jornada fixa ou estar presente presencialmente todos os dias na empresa. Ou seja, por exemplo, de segunda a sexta das 08h às 18h.
  • Existe subordinação direta, como a aceitação de instruções de um superior hierárquico.
  • O pagamento é feito regularmente, semelhante a um salário fixo.
  • As tarefas realizadas são fundamentais para o funcionamento da organização.

Nestas circunstâncias, o trabalhado, mesmo sendo contratado como Pessoa Jurídica, exerce a função de empregado e possui o direito de reivindicar um vínculo empregatício perante a Justiça do Trabalho.

Riscos da pejotização para o trabalhador

Frequentemente, os profissionais que aceitam a terceirização do trabalho se deparam com desafios e perigos que ultrapassam o simples desempenho de suas funções. Então, conheça as principais dificuldades:

1. Ausência de Proteção Trabalhista

Assim, o trabalhador PJ não está protegido pela CLT, ficando sem acesso a direitos como:

  • Férias remuneradas.
  • 13º salário.
  • Licença-maternidade ou paternidade.
  • Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Apesar disso, muitas empresas atualmente oferecem ao trabalhador PJ o 13º salário e férias remuneradas, como benefícios adicionais para tornar a vaga mais atrativa.

2. Falta de Benefícios

Ao contrário do empregado CLT, quem trabalha como Pessoa Jurídica não tem acesso a benefícios extras, tais como:

  • Plano de saúde.
  • Vale-refeição ou alimentação.
  • Horas extras e adicional noturno.

3. Custo Operacional

Iniciar e sustentar um CNPJ requer investimentos. O empregado pejotizado deve suportar:

  • Custos de abertura e manutenção da empresa.
  • Pagamento de impostos, como ISS, PIS e Cofins.
  • Contratação de contador para a gestão financeira.

4. Risco de Fraude

Se a empresa contratante empregar o modelo PJ de maneira imprópria, o empregado pode se ver envolvido em fraudes. Dessa maneira, isso engloba questões fiscais e contendas legais, que podem comprometer a sua imagem profissional.

Como identificar e evitar problemas na pejotização do trabalho

Se você está considerando atuar como PJ ou já trabalha nesse formato, é importante tomar algumas precauções:

  1. Avalie as condições do contrato
    Certifique se o contrato não estabelece obrigações comuns de um contrato de trabalho, como horários predefinidos ou subordinação direta.
  2. Calcule os custos operacionais
    Antes de aceitar um contrato de pessoa jurídica, calcule todas as despesas com impostos, contabilidade e outros custos associados.
  3. Negocie contrapartidas justas
    Compense a falta de vantagens ao negociar um montante que supra esses gastos e proporcione estabilidade financeira.
  4. Esteja atento à legislação
    Entenda seus direitos e esteja vigilante para detectar eventuais irregularidades. Se tiver dúvidas, procure um advogado especializado em direito do trabalho.
Profissional PJ no trabalho presencial pejotização do trabalho

Conclusão

A pejotização do trabalho é uma tendência que veio para ficar, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico. No entanto, é crucial que tanto empresas quanto trabalhadores utilizem essa modalidade de forma ética e dentro da legalidade.

Então, para os profissionais, aceitar um contrato PJ nas empresas exige planejamento e atenção aos riscos envolvidos. Já as empresas devem evitar práticas fraudulentas que possam comprometer sua reputação e resultar em disputas judiciais.

Se empregada corretamente, a pejotização pode representar uma solução benéfica para ambos os lados. No entanto, quando utilizada de maneira abusiva, pode causar danos tanto ao funcionário quanto à empresa, resultando em perdas financeiras e jurídicas.

Esse conteúdo foi útil para você? Então, saiba que nosso sistema Ponto Remoto também ajuda sua empresa a ter o controle de horas registradas com total segurança e confiança. Ou seja, você pode contar com a ajuda da nossa tecnologia de controle de ponto remoto. Descubra todas as vantagens incríveis em http://pontua.com.br/funcionalidades.

Quer saber mais sobre essas áreas de novidades?

Continue acompanhando nosso blog.


Líder na área de gestão, marketing e tecnologia. Engenheiro da computação (UFG-GO), com mais de 12 anos de experiência em setores como tecnologia, serviços, engenharia e indústria. Ao longo da sua trajetória, fundou e estruturou várias empresas e no Blog da Pontua fala sobre empreendedorismo, gestão de pessoas e soluções para alavancar o crescimento das empresas.

Voltar ao topo