A ansiedade causada pelo Trabalho impacta o bem-estar de profissionais das Gerações Y e Z . Essas gerações constituem uma parcela considerável da mão de obra contemporânea. São famosas pela sua agilidade digital, inventividade e anseio por inovação. Mas, também por um fenômeno que se torna cada vez mais alarmante: a ansiedade no ambiente de trabalho. Foram detectados níveis elevados de ansiedade entre os empregados dessas gerações, o que impacta diretamente seu progresso profissional, produtividade e bem-estar.
Então, neste artigo vamos investigar as origens dessa ansiedade e seu impacto na carreira. Além disso, falaremos sobre as doenças ocupacionais relacionadas ao estresse, como a síndrome do pânico e o burnout.
A ansiedade no trabalho: quais as causas?
Segundo um estudo recente divulgado pela Exame, as gerações Y e Z apresentam níveis superiores de ansiedade no ambiente de trabalho em relação às gerações anteriores. Nesse sentido, esta ansiedade está fortemente associada ao anseio por progresso acelerado na carreira e à pressão para atingir objetivos a curto prazo.
Para muitos profissionais, alcançar uma carreira de sucesso e de grande impacto em um curto período se transformou numa constante fonte de tensão.
Além disso, os jovens profissionais, principalmente da Geração Z, buscam muito mais que realização na carreira, como falamos em Geração Z no trabalho: desafio para as empresas. Eles almejam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Por isso, preferem trabalhos no regime remoto ou híbrido, assim como empregos com benefícios além dos convencionais.
Pressão por Crescimento Rápido
A ansiedade da geração Y e Z no ambiente de trabalho é impulsionada pela necessidade de progresso rápido. Sendo assim, os Millennials e os jovens da geração Z cresceram em um contexto onde o sucesso é amplamente propagado nas redes sociais e na mídia, criando uma pressão interna para “atingir o sucesso” quanto antes.
Então, esta comparação contínua com colegas da mesma faixa etária e influenciadores de sucesso gera um ciclo de ansiedade por não acreditarem que estão avançando rapidamente o suficiente, mesmo quando estão nos estágios iniciais de suas trajetórias profissionais.
Metas Ambiciosas e Pressão de Resultados
Os jovens profissionais, além da expectativa de sucesso rápido, frequentemente se deparam com ambientes de trabalho extremamente competitivos, com metas e objetivos audaciosos. A pressão por resultados e a exigência constante de atingir objetivos cada vez mais altos resultam em um crescimento considerável da ansiedade no ambiente de trabalho. Isso pode ser especialmente destrutivo em campos onde a performance é rigorosamente acompanhada e premiada apenas com base em números, provocando uma sensação constante de falta.
Doenças ocupacionais relacionadas ao Estresse e Ansiedade Excessiva
A ansiedade excessiva no local de trabalho pode resultar em graves impactos na saúde mental e física dos funcionários. Das enfermidades relacionadas ao estresse relacionadas ao trabalho, a síndrome do pânico e o burnout são as mais alarmantes.
Síndrome do Pânico
A síndrome do pânico é uma condição marcada por episódios severos de ansiedade, que podem manifestar-se através de sintomas como palpitações, suor excessivo, tremores e a sensação de morte próxima. Para os jovens das gerações Y e Z, a pressão contínua por resultados e o receio de fracassar podem provocar esses episódios. Numerosos jovens empregados se deparam com circunstâncias onde a sobrecarga emocional evolui para uma autêntica crise de pânico, impactando diretamente sua habilidade de realizar tarefas cotidianas no local de trabalho.
Bornout: A Exaustão Profissional
A síndrome do esgotamento profissional, também chamada de bornout, é outra consequência séria da ansiedade no local de trabalho. Isso acontece quando o funcionário atinge um grau extremo de estresse, levando a exaustão física e emocional. Além da diminuição da produtividade e um sentimento de desprezo ou cinismo em relação ao trabalho. Esta situação impacta diretamente a performance profissional e pode causar efeitos duradouros na saúde mental e física.
A ansiedade dos trabalhadores das gerações Y e Z no ambiente de trabalho está fortemente ligada ao surgimento de Burnon e Burnout no trabalho. Isso ocorre porque esses indivíduos costumam assumir um excesso de responsabilidades e, frequentemente, não conseguem se desvincular das obrigações profissionais, mesmo fora do horário de trabalho. Esta dificuldade em desligar e relaxar alimenta o ciclo de esgotamento ou de aumento da hiperatividade no trabalho.
Como a ansiedade afeta o desenvolvimento de carreira
Os elevados níveis de ansiedade no ambiente de trabalho entre os Millennials e a geração Z podem comprometer gravemente o progresso de suas trajetórias profissionais. Quando um profissional está constantemente ansioso, pode sentir-se estagnado, receoso de tomar decisões cruciais ou assumir riscos que poderiam impulsionar sua trajetória profissional. A ansiedade também diminui a habilidade de concentração, resultando em uma queda na produtividade e na excelência do trabalho.
Ademais, a ansiedade contínua pode resultar em falta ao trabalho por motivos de saúde mental. Este afastamento pode paralisar o avanço na carreira, aumentando a ansiedade do funcionário ao voltar. Ou seja, gera o receio de não conseguir acompanhar o ritmo ou de perder chances de evolução.
Efeitos na Produtividade
Quando um funcionário está constantemente preocupado com seu rendimento ou com a realização de objetivos inalcançáveis, sua produtividade, sem dúvida, é afetada. A ansiedade no ambiente de trabalho prejudica a habilidade de foco, organização de tarefas e cumprimento de prazos. Frequentemente, os profissionais das gerações Y e Z buscam compensar essa diminuição na produtividade com mais trabalho ou sacrificando o descanso. Isso acaba por intensificar os sintomas de ansiedade e estresse, gerando um ciclo vicioso.
Quiet Quitting: o novo movimento da Geração Z no trabalho
Quando jovens profissionais da geração Z estão em uma empresa na qual não sentem que irão desenvolver um plano de carreira, crescer na velocidade que desejam ou que estão com carga excessiva de trabalho, o Quiet Quitting pode surgir.
A demissão silenciosa, saída silenciosa ou renúncia silenciosa, entretanto, não tem a ver com pedidos de demissão propriamente, mas sim com fazer apenas o que é necessário, básico, sem excesso de trabalho.
Nesse sentido, o colaborador para de se envolver e engajar profundamente com as atividades que executa e até com sua carreira, apenas se limitando às suas tarefas dentro do esperado para o cargo que ocupa. Ou seja, sem proatividade e esforço para fazer mais do que se espera.
Esse movimento, que tem ficado cada vez mais forte, e preocupa grande parte das empresas, vai ao encontro de um novo perfil de trabalhador. Hoje, diferente dos últimos 20 anos, a geração Z busca dizer não ao excesso de trabalho, principalmente ao não remunerado.
Impacto no Bem-Estar
A ansiedade da geração Y e Z no ambiente de trabalho, além de afetar diretamente a carreira e a produtividade, também tem um impacto considerável no bem-estar geral desses profissionais. Dessa forma, a ansiedade persistente pode impactar o sono, as relações interpessoais e a saúde física, resultando em questões como insônia, irritabilidade e até mesmo complicações no coração.
Por isso, o conflito entre vida pessoal e profissional é uma situação cada vez mais frequente entre os jovens empregados. Dessa forma, eles frequentemente não dispõem de tempo para cuidar de sua saúde mental e física em virtude das demandas laborais.
Conclusão
É essencial que as empresas implementem práticas mais saudáveis e inclusivas para combater os elevados níveis de ansiedade no ambiente de trabalho entre as gerações Y e Z. Dessa maneira, isso engloba políticas voltadas para o bem-estar mental dos funcionários. Isso inclui a adequação dos horários, programas de suporte psicológico e a definição de objetivos alcançáveis.
Sendo assim, a criação de uma cultura laboral que priorize o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional pode contribuir para a diminuição de doenças profissionais ligadas ao estresse, como a síndrome do pânico e o burnout.
Ao identificar as demandas e obstáculos específicos das gerações Y e Z, as organizações não apenas incentivam um ambiente de trabalho mais salutar, como também asseguram uma maior retenção de talentos, aumento da produtividade e inovação. Trata-se de um aporte no futuro tanto dos funcionários quanto das empresas.
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