Quiet Quitting: você já ouviu falar? É, parece que o pensamento “trabalhe, enquanto eles dormem” já está sendo repensado pelas novas gerações. Seguindo essa lógica, o movimento da “demissão silenciosa” tem ganhado cada vez mais destaque nas empresas, principalmente no cenário corporativo.
Esse fenômeno, que está bem conectado à Geração Z, que também está ligada diretamente a outros cenários como o turnover nas empresas, desafia os processos mais tradicionais de trabalho, de super esforço, meritocracia, de mostrar o melhor. Abre espaço, então, para uma abordagem mais equilibrada e centrada no essencial, qualidade de vida e bem-estar.
Por isso, vamos falar como a geração Z tem redefinido as expectativas profissionais, a forma como as empresas podem se adaptar e o papel chave do Departamento Pessoal e Recursos Humanos para compreender e equilibrar as metas de crescimento com as expectativas dos jovens trabalhadores.
Mas, afinal, o que é Quiet Quitting?
Em tradução, significa demissão silenciosa, saída silenciosa ou renúncia silenciosa. Entretanto, não tem a ver com pedidos de demissão propriamente, mas sim com fazer apenas o que é necessário, básico, sem excesso de trabalho.
Nesse sentido, o colaborador para de se envolver e engajar profundamente com as atividades que executa e até com sua carreira, apenas se limitando às suas tarefas dentro do esperado para o cargo que ocupa. Ou seja, sem proatividade e esforço para fazer mais do que se espera.
Esse movimento, que tem ficado cada vez mais forte, e preocupa grande parte das empresas, vai ao encontro de um novo perfil de trabalhador. Hoje, diferente dos últimos 20 anos, a geração Z busca dizer não ao excesso de trabalho, principalmente ao não remunerado.
A Geração Z e o valor do trabalho
O trabalho para gerações anteriores, incluindo a Y, tem um valor relacionado à segurança, estabilidade financeira e construção de um futuro. E essas significações têm se modificado bastante para a geração Z, que possui uma nova perspectiva sobre sua vida profissional, desafiando a cultura do “workaholic”, do empenho máximo. Essa mudança de paradigma sobre o papel da empresa na vida de geração Z, tem impactado, como já falamos aqui, na intensificação e maior adesão de modelos novos de trabalho, como o home office e híbrido.
Para esses profissionais, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é essencial, porque prezam não apenas seu crescimento na carreira, mas consideram que a qualidade de vida, o bem-estar e a satisfação pessoal tem o mesmo peso.
O “Quiet Quitting” reflete essa escolha consciente de não apenas cumprir tarefas, mas focar no essencial, desconsiderando o excesso de horas de trabalho.
A busca por crescimento profissional
Apesar de optarem por uma abordagem mais equilibrada, buscando uma rotina em harmonia com a vida pessoal, os trabalhadores da Geração Z não abrem mão do crescimento profissional e do reconhecimento.
Por isso, eles buscam oportunidades que ofereçam desenvolvimento contínuo e um ambiente que valorize suas contribuições. Compreender essa dinâmica é essencial para as empresas que desejam atrair e reter talentos dessa geração. Assim, podem desenvolver programas de retenção desses profissionais, de acordo com suas expectativas.
Isso envolve muito além de planos de carreira, mas também programas de treinamento, oferecimento de cursos de aperfeiçoamento profissional e autonomia para que esses trabalhadores possam propor novos produtos, serviços, processos, ou seja, atuem como empreendedores na empresa. Afinal, eles buscam não apenas desafios, mas deixarem sua marca no mundo.
Desafios para as Empresas
Como as empresas podem lidar com as expectativas da Geração Z? O desafio reside em criar ambientes de trabalho flexíveis, onde o foco esteja na eficiência, não na quantidade de horas dedicadas.
Estratégias como mentorias, programas de treinamento, cursos de aperfeiçoamento, políticas de motivação e feedback constante tornam-se essenciais para alinhar as expectativas da geração emergente com as metas organizacionais.
Outra estratégia super importante e que faz toda a diferença é reunir a equipe, entender os anseios de todos e os individuais, compreender o que motiva cada um a estar e crescer na empresa. Compreender as motivações pessoais aponta caminhos para que os programas de RH e Departamento pessoal sejam capazes de reter os talentos na empresa.
O Papel do DP e RH para combater o Quiet Quitting
O Departamento Pessoal e Recursos Humanos desempenham um papel crucial na adaptação das empresas ao “Quiet Quitting”. É essencial, por isso, que esses departamentos estejam sintonizados com as necessidades e expectativas dos colaboradores, implementando políticas que promovam um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal.
Outra estratégia super importante e que faz toda a diferença é reunir a equipe, entender os anseios de todos e os individuais. Compreender o que motiva cada um a estar e crescer na empresa faz toda a diferença. Sendo assim, entender as motivações pessoais aponta caminhos para programas do RH e Departamento pessoal com estratégias eficientes de retenção de talentos e programas de desenvolvimento profissional, que devem estar no centro de suas iniciativas.
CONCLUSÃO
Em um mundo onde a Geração Z molda o futuro do trabalho, compreender o “Quiet Quitting” torna-se imperativo. As empresas que conseguem equilibrar as necessidades dessa geração, oferecendo oportunidades de crescimento e um ambiente de trabalho flexível, estão melhor posicionadas para prosperar. O sucesso, portanto, reside na adaptação, na valorização do essencial e na construção de uma cultura organizacional. Essa, por sua vez, precisa estar alinhada com as expectativas em constante evolução dos profissionais contemporâneos.
Este movimento, apesar de silencioso, ressoa como um chamado para uma abordagem mais equilibrada e humana no universo corporativo.
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