Para admitir um funcionário, é necessário um processo seletivo. A seleção de candidatos e admissão de funcionários são etapas dependentes uma da outra. Este último, o processo seletivo, por sua vez, tem sofrido constantes atualizações em sua forma, mas nenhuma atualização, até o momento, descartou as famosas perguntas feitas pelo RH antes de admitir um funcionário.
Tais perguntas costumam ser temidas, sobretudo por quem não se prepara para respondê-las. Contudo, elas não são nenhum “bicho de sete cabeças”. Na verdade, são perguntas bem objetivas e que as empresas buscam, na hora de admitir um funcionário, oferecer aos candidatos a uma vaga de emprego, um direcionamento para falarem sobre coisas de interesse das empresas e empregadores.
Se é de seu interesse “ficar por dentro” da lógica por trás das perguntas que mais aparecem em entrevistas de emprego, você já deu um passo muito importante, a leitura deste texto. Certamente, com ele você terá suas dúvidas e curiosidades sanadas sobre essa etapa tão importante para o processo de admissão de funcionários.
As 5 perguntas para admitir um funcionário
1) Conte-nos um pouco sobre você
Quando uma empresa está na busca para admitir um funcionário, esta, geralmente, é a primeira coisa que se houve em uma entrevista de empregos. Falar de si mesmo parece ser algo simples, mas é preciso preparo, pois, dependendo da resposta, pode o recrutador, identificar o motivo de admitir ou não um candidato.
É comum que as pessoas, ao se depararem com esta pergunta, pequem pelo excesso ou pela falta de informações relatadas/apresentadas. Para evitar que isso aconteça, basta ter em mente que o recrutador não deseja saber, necessariamente, sobre questões íntimas ou pessoais a seu respeito.
Interessa para ele(a), seu recrutador(a), que você seja capaz de compilar, resumidamente, quais as suas experiências profissionais. Veja bem, ele(a) quer algo resumido, ou seja, não é necessário falar sobre toda e qualquer experiência profissional que você teve.
Aqui, a seleção dos eventos e experiências é o mais importante. Isso significa dizer, que vale mais o relato de uma ou duas experiências que tenham relação com a vaga que você está pleiteando, do que três ou mais relatos que não evidenciam o seu interesse e capacidade de assumir a vaga pretendida.
2) Qual o motivo de seu interesse em trabalhar com a gente, na empresa?
Esta é uma pergunta que busca inverter um pouco os papéis. A princípio, os recrutadores e recrutadoras, buscam informações a seu respeito, sobre sua atuação em empregos anteriores e impressões a respeito dela. Contudo, aqui, é do interesse deles, saber qual a sua expectativa e visão sobre a empresa que eles representam.
É o momento ideal para identificar qual candidato pesquisou sobre a empresa. Para demonstrar que isto foi feito, é preciso deixar claro que você não tem interesse pela vaga porque é o que tem disponível no mercado, mas que é o que você mais queria.
Dependendo da sua resposta, os recrutadores conseguem saber se você é alguém que deseja crescer com a empresa ou se é alguém que terá uma passagem breve/situacional por ela. Portanto, lembre-se de ficar a par dos valores, da visão e cultura da empresa, para que você possa dizer se se identifica ou não com a empresa, sem tropeçar nos próprios argumentos.
3) Quais seus pontos fortes?
Esta é uma pergunta que pega candidatos despreparados em contradição. Isso porque, muitos caem na besteira de falar uma quantidade considerável de qualidades, sem avaliar se de fato elas correspondem aos pontos fortes deles.
Em um processo seletivo para admitir um funcionário, cabe aos recrutadores ouvirem todos os pontos fortes listados e, em seguida, pedir que sejam apresentadas situações em que cada um deles foram ou costumam ser facilmente percebidos.
É então que alguns candidatos se perdem, pois, sem preparo, mencionam pontos fortes que eles não sabem se possuem. Isso porque não vivenciaram situações que deixaram tais características em evidência.
Além disso, os pontos fortes precisam ser úteis para um melhor resultado pela empresa, equipe e gestores dela. Lembre-se de pensar em situações reais que suas experiências tenham oferecido a você a oportunidade de demonstrar os seus reais pontos fortes.
4) Quais seus pontos fracos?
Esta é uma pergunta que geralmente acompanha a anterior, porque ela, além de servir para identificar a autocrítica e o autoconhecimento dos candidatos, ainda ajuda a perceber possíveis contradições.
Aqui, é importante que o candidato saiba ser honesto sem se autosabotar. Aqueles que se comprometem, por exemplo, com respostas que indicam falta de compromisso ou organização podem estar fadados a não conquistar a vaga desejada.
Para o entrevistador, basta você oferecer a ele pontos fracos que são fáceis de se otimizar. Ou seja, ele não deseja que você se apresente como uma pessoa perfeita e nem como alguém que tem problemas com o cumprimento de prazos e horários, por exemplo. Tente ser honesto sem se prejudicar!
5) Onde você se vê daqui a 5 anos?
Uma pergunta provocativa, mas com objetivo claro: saber quão sólidos são os objetivos, as metas e os projetos dos candidatos. Muitos, equivocadamente, pensam que é uma pergunta sem fundamentos, que busca saber algo raso que não dá para saber, devido às inúmeras possibilidades de mudança que 5 anos apresentam a uma pessoa.
Os recrutadores, contudo, sabem disso, assim, o intuito deles é outro. O candidato que não estiver preparado para dizer sucintamente quais são os planos que ele estabeleceu para si mesmo em curto e longo prazos, certamente perderá muitos pontos ao responder a esta pergunta.
O ideal é que o candidato consiga relacionar o cargo pretendido a esses projetos futuros. Assim, se ele conseguir mostrar constância, planejamento e ambição em uma única resposta.
Além disso, não é sempre que a vaga concorrida vai estar diretamente ligada com os planos futuros pretendidos e isso não precisa ser um problema. O mais importante é saber dizer de que modo a oportunidade oferecida por ela contribuirá para que o candidato alcance os objetivos traçados para si daqui a 5 anos.
Conclusão
Estas, sem sombra de dúvidas, são as 5 perguntas que mais aparecem em entrevistas de emprego. Elas devem ser feitas pelo RH, porque são objetivas e oferecem meios de se identificar as características necessárias sobre os candidatos, os perfis psicológicos, emocionais e profissionais de cada um deles.
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