A geração Z vai dominar os postos de trabalho até 2030. Sabe por quê? O contexto é revolucionário, uma mudança radical como não vista há muito tempo. Assim, dificilmente o mundo corporativo viveu uma reviravolta tão significativa desde a Revolução Industrial.
Essa gerção, de jovens nascidos entre 1997 e 2012 – está assumindo o protagonismo no mercado de trabalho. Assim, segundo o World Economic Forum, até 2030 eles representarão cerca de 70% da força de trabalho global. Entretanto, mais do que um crescimento em números, o que essa geração está trazendo é uma mudança de mentalidade, comportamentos e prioridades que estão rompendo com modelos enraizados.
Não por acaso, uma pesquisa da McKinsey realizada com mais de 13 mil profissionais em 15 países revela um dado intrigante: 58% dos jovens da Geração Z pensam seriamente em deixar seus empregos se não tiverem opções de trabalho flexível. Dessa maneira, fica claro que não se trata de uma tendência passageira. Apesar de a pandemia de COVID-19 ter impulsionado essa mudança, suas origens são ainda mais profundas e estão conectadas a uma evolução no modo como essa geração percebe a relação entre vida pessoal e profissional.
Por isso, vamos falar nesse artigo sobre o porquê a geração Z dominará cada vez mais o mercado de trabalho, quais suas características e perfis e como as empresas estão se adaptando a essa nova realidade.

Quem é a geração Z no trabalho: digitais e exigentes
Assim, para compreender o impacto dessa geração, é essencial analisar suas características. Ao contrário dos Millennials, que vivenciaram uma transição entre o analógico e o digital, a Geração Z já nasceu conectada. Dessa forma, dados da Pew Research Center ilustram esse contexto:
- 98% tinham um smartphone antes de completar 18 anos;
- 85% utilizam ao menos cinco plataformas digitais diferentes diariamente;
- A média de consumo de vídeos online é de 4h44 por dia.
Essa vivência digital intensa moldou uma forma de pensar diferente. Além disso, segundo a Deloitte, que entrevistou mais de 23 mil jovens em 46 países:
- Qualidade de vida à frente do salário: para 49%, o bem-estar está acima da remuneração;
- Ambiente importa muito: 77% valorizam a cultura da empresa tanto quanto o salário;
- Conversa no digital é a regra: 83% preferem se comunicar por mensagens ou e-mail a fazer reuniões presenciais.
Sendo assim, não se trata apenas de tecnologia. Eles cresceram vivenciando instabilidades econômicas, questões climáticas e uma pandemia. Isso os tornou mais pragmáticos. Para eles, o trabalho é um meio para atingir objetivos pessoais, não o centro de suas vidas.
O trabalho remoto ganhou força: e os dados comprovam isso
Porém, a rejeição ao modelo presencial não é baseada em opiniões subjetivas. Ao contrário, ela se sustenta em dados concretos. Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Stanford acompanharam mais de 16 mil trabalhadores por dois anos e constataram que:
- A produtividade cresce 13% no modelo remoto;
- A rotatividade cai pela metade;
- Há uma economia de cerca de 50 minutos diários com deslocamento;
- As faltas por doença caem pela metade.
Por isso, para os profissionais da Geração Z, essas vantagens são decisivas. A plataforma LinkedIn, em uma pesquisa global com mais de 15 mil profissionais, apontou que:
- 72% mudariam de emprego caso o trabalho remoto fosse retirado;
- 81% valorizam mais a flexibilidade de horário do que bonificações financeiras;
- 68% preferem ser avaliados por desempenho, não por horas trabalhadas.
Entretanto, muitas empresas ainda insistem em modelos presenciais. E essa resistência pode estar afastando talentos promissores. Segundo o Work Trend Index da Microsoft, 52% dos profissionais da Geração Z já consideraram pedir demissão devido à obrigatoriedade da presencialidade.
O que empresas inovadoras estão fazendo diferente
Ao mesmo tempo, algumas organizações já entenderam o que precisa ser feito para não perder talentos.
Spotify: criou o “Work From Anywhere”, onde o colaborador escolhe como prefere trabalhar: remoto, híbrido ou presencial. Escritórios viraram espaços colaborativos.
Airbnb: lançou o “Live and Work Anywhere”, permitindo, assim, que seus profissionais trabalhem em 170 países diferentes por até 90 dias em cada um.
Shopify: decidiu eliminar reuniões desnecessárias, adotando ferramentas assíncronas de comunicação e reduzindo em 60% o tempo em videochamadas.
Dessa maneira, os resultados são impressionantes. De acordo com a Gartner:
- A retenção de talentos é 55% maior;
- O nível de satisfação dos colaboradores aumenta 75%;
- Há 40% menos faltas;
- A produtividade cresce 25%.
O desafio para empresas tradicionais
Contudo, boa parte do mercado ainda resiste. Uma pesquisa da PwC com 1.200 executivos mostra que:
- 68% defendem a presença no escritório por pelo menos 3 dias na semana;
- Apenas 13% aceitariam abrir mão completamente do modelo presencial;
- A principal justificativa é a manutenção da cultura organizacional (55%).
Assim, esse embate geracional está gerando atritos. De acordo com o Bureau of Labor Statistics dos EUA:
- Até 2025, 70% das empresas terão dificuldades para contratar para cargos 100% presenciais;
- A rotatividade nesses cargos será 35% maior do que nos postos com flexibilidade;
- Substituir um profissional da Geração Z poderá custar até 150% do seu salário anual.
Olhando para frente: como será 2030?
Por fim, à medida que essa nova geração se torna maioria no mercado, é natural esperar mudanças ainda mais significativas:
- Reconfiguração dos escritórios: segundo a JLL, até 2025, 30% dos espaços corporativos serão transformados em centros de colaboração e não mais em locais fixos de trabalho.
- Talentos globais: a Upwork estima que até 2030, 73% dos times estarão distribuídos por diferentes países, com a Geração Z liderando esse movimento.
- Presença massiva da IA: conforme a Gartner, 80% das interações de trabalho serão mediadas por inteligência artificial já em 2025.
- Benefícios redefinidos: pesquisa do Glassdoor indica que, até 2030, flexibilidade de local e horário superarão até mesmo o plano de saúde como benefício mais valorizado.

Conclusão: a geração Z já é o futuro no trabalho
Dessa forma, o movimento liderado pela Geração Z não é apenas uma tendência. Trata-se de uma transformação profunda e irreversível. As organizações que não se adaptarem correm riscos reais:
- Vão perder talentos para empresas mais flexíveis;
- Vão enfrentar custos elevados com demissões e novas contratações;
- Vão ficar para trás no quesito inovação.
Portanto, o caminho está traçado:
- Rever os modelos de gestão: do controle para a confiança;
- Investir em tecnologia: ferramentas que apoiem o remoto e o assíncrono;
- Repensar os benefícios: adequando-os ao que a nova geração valoriza;
- Transformar escritórios: de espaços de obrigação para ambientes de conexão.
Então, o futuro do trabalho é mais humano, digital e flexível. Portanto, as empresas que abraçarem essa mudança estarão prontas para liderar o próximo capítulo da história corporativa. Porém, as que resistirem, ficarão presas ao passado. E o tempo não espera.
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