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Carewashing, o discurso do bem-estar no trabalho

Carewashing, o discurso do bem-estar no trabalho, é uma prática mais comum do que se imagina. Você já sentiu que…

Carewashing, o discurso do bem-estar no trabalho, é uma prática mais comum do que se imagina. Você já sentiu que sua empresa adora falar sobre bem-estar no trabalho, mas, quando olha ao redor, não vê nada disso refletido no seu dia a dia? Se a resposta for “sim”, você pode estar diante de um caso típico de carewashing — uma prática cada vez mais comum de marketing interno que tenta passar a imagem de uma organização humanizada, quando, na prática, tudo continua do mesmo jeito: cobranças excessivas, ausência de apoio e uma rotina exaustiva.

Assim como o greenwashing — que pinta a empresa de verde, mesmo sem atitudes sustentáveis reais — o carewashing veste a fantasia da empatia corporativa. Porém, por trás das campanhas com frases inspiradoras, ainda reina uma cultura organizacional tóxica, onde a aparência vale mais do que a vivência.

Por isso, neste artigo, você vai entender:

  • O que é carewashing e como ele aparece no cotidiano das empresas
  • Por que essa prática mina o clima organizacional e corrói a confiança
  • Como diferenciar iniciativas reais de marketing disfarçado de cuidado
  • Quais atitudes ajudam a construir uma cultura autêntica e saudável

Então, se você já cansou de promessas vazias e quer enxergar além do discurso bonitinho, siga a leitura.

Funcionários da empresa com falso bem-estar no trabalho

Afinal, o que é o Carewashing? E por que está tão presente nas empresas?

O termo carewashing é uma junção de “care” (cuidado) com “washing” (lavar), e nasceu como um paralelo direto ao greenwashing, ou “lavagem verde”, que é uma prática de marketing enganosa utilizada por empresas para transmitir uma imagem de sustentabilidade sem que as ações e práticas da empresa correspondam a essa imagem.

Nesse sentido, a empresa tenta demonstrar preocupação com o colaborador — principalmente com temas como saúde mental, equilíbrio emocional e qualidade de vida — mas tudo não passa de uma performance sem lastro real.

Então, não é difícil reconhecer essa prática. Basta lembrar daqueles slogans lindos que estampam as paredes do RH ou os vídeos institucionais:

  • “Cuidamos das nossas pessoas em primeiro lugar.”
  • “Aqui, qualidade de vida é prioridade.”
  • “Acreditamos que colaboradores felizes constroem empresas melhores.”

Porém, ao mesmo tempo, a rotina mostra outra face:

  • Jornadas extensas sem remuneração extra
  • Pressão constante e metas inalcançáveis
  • Falta de apoio psicológico verdadeiro
  • Benefícios que parecem bonitos, mas não mudam nada na prática

Dessa forma, o discurso vira maquiagem. E o colaborador percebe isso logo.

Situações comuns onde o Carewashing se revela

  1. Palestras sobre bem-estar enquanto a equipe está sobrecarregada
    — Um especialista fala sobre equilíbrio emocional, mas ninguém pode sair mais cedo sem ser julgado.
  2. Atividades que ninguém consegue participar
    — Aulas de meditação marcadas para horários em que todos estão atolados de tarefas.
  3. Feedback que vira decoração de PPT
    — O RH coleta opiniões, mas nenhuma mudança concreta acontece depois.
  4. Mimos estéticos em um ambiente nocivo
    — Tem videogame na copa, mas o medo de errar domina o time inteiro.
  5. Campanhas internas que ignoram a realidade
    — Enquanto há cortes de pessoal, o feed da empresa mostra brindes e comemorações internas.

Portanto, apesar do verniz positivo, o colaborador sente a incoerência — e ela desgasta, dia após dia.

Por que o carewashing é tão prejudicial à empresa e aos colaboradores?

Embora pareça inofensivo à primeira vista, o carewashing mina pilares importantes da gestão de pessoas. Assim, mais do que um erro de comunicação, ele é um veneno silencioso que afeta a confiança, o engajamento e até a imagem da empresa no mercado.

1. Destruição da confiança interna

Quando o discurso não corresponde à realidade, nasce a descrença. E confiança, uma vez abalada, é difícil de recuperar.

  • “Me prometeram apoio durante o burnout. Tudo o que recebi foi um link de vídeo motivacional.”
  • “Falam de jornada flexível, mas quem sai antes das 19h é malvisto.”

Esses exemplos mostram como a percepção de incoerência mata, assim, a credibilidade de qualquer ação futura.

2. Redução do engajamento e da entrega

De acordo com dados divulgados pela Pontotel, empresas que vivem de promessas vazias acabam enfrentando queda de engajamento e, consequentemente, produtividade. Afinal, ninguém se dedica com entusiasmo a um lugar onde se sente enganado.

  • A produtividade cai
  • A motivação desaparece
  • O turnover dispara

Ou seja: todo o esforço investido em atrair talentos vai por água abaixo se o ambiente não sustenta o discurso.

3. Quebra da imagem da marca empregadora

Além dos danos internos, o carewashing atinge em cheio a reputação externa. Avaliações negativas se multiplicam no Glassdoor e nas redes sociais, tornando mais difícil contratar bons profissionais.

  • “Achei que seria um lugar incrível, mas os relatos online me fizeram desistir.”
  • “Tudo é lindo na campanha, até você entrar.”

Assim, até o time de employer branding sente o impacto.

4. Um clima organizacional cada vez mais tóxico

Sendo assim, o pior efeito talvez seja o invisível: a contaminação do clima organizacional.

  • Pessoas presentes fisicamente, mas emocionalmente desligadas
  • Falta de diálogo sincero entre líderes e equipes
  • Crescimento do estresse coletivo e do sentimento de frustração

No fim, o “marketing do cuidado” só aumenta o cinismo interno e a sensação de abandono.

Como saber se o bem-estar na sua empresa é real ou de fachada?

Você tem dúvidas se a sua empresa realmente se preocupa com o time ou só faz isso para aparecer bem nas redes? Então observe os sinais:

Muito discurso, pouca prática – Muita foto colorida no LinkedIn, mas reuniões que viram noite adentro.
Feedback vai para a gaveta – As pesquisas internas nunca resultam em mudanças reais.
Benefícios que ninguém usa – Aula de yoga no horário do almoço, quando ninguém tem tempo nem para almoçar.
Chefes que não praticam o que pregam – Falam de equilíbrio, mas mandam mensagem no domingo à noite.
Falta de clareza nas ações – Criam programas incríveis no PowerPoint, mas ninguém sabe como funciona de verdade.

Se você se identificou com vários desses pontos, então, talvez seja hora de repensar se a cultura organizacional é mesmo o que parece.

Como evitar o carewashing e promover um ambiente saudável de verdade?

Empresas que desejam ser genuínas precisam ir além do discurso. Afinal, colaboradores não querem perfeição — querem verdade.

1. Escute com abertura (e aja em cima do que ouve)

Não basta coletar dados. As pesquisas de clima precisam gerar planos reais, com prazos, responsáveis e retorno para o time.

2. Invista em benefícios que realmente impactem

  • Flexibilidade verdadeira > Eventos aleatórios
  • Psicoterapia subsidiada > Newsletter sobre saúde mental
  • Carga horária justa > Café gourmet no corredor

3. Liderança que dá o exemplo

Não adianta pregar equilíbrio se o CEO trabalha 14 horas por dia. A cultura corporativa começa no comportamento da liderança.

4. Meça resultados reais, não aparências

Use métricas como absenteísmo, taxas de retenção e saúde psicológica. Isso diz mais que qualquer vídeo bonito de endomarketing.

Funcionárias entediadas no trabalho

Conclusão: o carewashing cuidado genuíno não se finge

O carewashing é uma armadilha para empresas que colocam imagem acima de consistência. Enquanto a maquiagem agrada aos olhos, ela não convence por muito tempo. Sendo assim, é fundamental:

✔ Ser transparente sobre as limitações e os planos
✔ Ouvir de verdade e agir com coerência
✔ Valorizar o essencial, não só o estético

Afinal, no fim, bem-estar no trabalho não é um slogan. É uma prática diária. É sobre fazer o colaborador sentir, na pele, que está em um lugar que realmente se importa.

E você? Já passou por uma empresa que pregava o cuidado, mas esquecia de praticá-lo?

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Especialista em redação publicitária, com expertise em produção de conteúdo, com 12 anos de experiência, já tendo atuando em agências e departamentos de Marketing. Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Goiás e MBA em Marketing e Negócios Digitais pela Faculdade Cambury. Atualmente, faz parte da equipe de comunicação da Pontua e é responsável pela produção de textos do blog. Escreve sobre gestão de pessoas e empresas, mercado, departamento pessoal e recursos humanos.

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